Sou arquiteto
"Sou arquiteto,...
Aquele que dizem ser engenheiro frustrado,
Decorador disfarçado,
Esquisito, meio pirado,
Às vezes alienado, outras, por demais engajado;
Às vezes de Havaianas, outras engravatado.
Sou arquiteto,
Aquele que chamam de sonhador;
Ah! Pudesse eu ter meus sonhos de volta,
Mas sou ainda um aprendiz na escola da vida;
Dominei a forma, distribuo espaços,
Mas muitas vezes me sinto fora de esquadro,
Perdido em linhas paralelas demais,
Numa escala indefinida.
Mas sou arquiteto.
Sou poeta, E sou muito mais que um sonhador,
Porque possuo em cima da velha prancheta,
Projetos para todos os sonhos;
Casas para abrigar um novo amor;
Caminhos para chegar ao Arco-íris;
E jardins para o aconchego do entardecer..."
Arquiteta e Urbanista Lienne Liarte
domingo, 25 de abril de 2010
Ensaio Arrudas I - Pré-apresentação
Mas e hoje, para quê um rio seria usado?
O que queremos mostrar é que a forma de uso e ocupação de um rio depende sempre das necessidades da geração que o acompanha, e, seguindo essa linha de raciocínio, concluímos que o Rio Arrudas poderia ser usado atualmente como instrumento de navegação.
A princípio pode ate parecer funcionalista demais: tornar o ribeirão Arrudas navegável, uma alternativa para o trânsito urbano belorizontino em crise. Mas o projeto Aquabus é muito mais que isto. A proposta não consiste em apenas mais uma medida paliativa para uma problemática urbana, nem tem a pretensão de ser chamada de solução.
A idéia é trazer o Arrudas de volta para vida da população de Belo Horizonte. A partir do momento que o individuo enxergar no ribeirão, não só um canal de concreto, mas sim seu caminho para o trabalho, seu caminho para casa, se torna claro o ganho de um significado outrora ausente. E mais uma vez o clichê da preservação do patrimônio público vem à tona: “você cuida daquilo que você precisa/usa/gosta”. Daí o ambicioso projeto mostra-se muito mais sutil que aparenta. Poderemos dizer que o projeto alcançará o sucesso, quando a proposta se auto-alimentar.
Há um trabalho psicológico envolvido que serve de combustível para a sustentação do projeto. A satisfação máxima de nós idealizadores será um dia ouvir: "Estou esperando MEU bote"; "Esta é MINHA estação", pois será o dia em que a plena apropriação por parte da população terá ocorrido de fato e os problemas de conservação e de cunho ambiental estarão sendo vistos com outros olhos.
Um exemplo simples: o estado deplorável de poluição em que se encontra o rio atualmente é fruto de sua renegação por parte da população. Situação que será transformada cotidianamente, pois a partir de então o rio fará parte do dia-a-dia de cada individuo que com certeza vai desejar deslocamentos agradáveis, confortáveis e não um percurso regado a mau cheiro e tons de cinza. Neste caso, as chances de um ocorrer apoio maciço popular a alguma iniciativa governamental – por exemplo, no sentido de recuperar a qualidade da água do ribeirão – serão bem maiores a partir do momento que o Arrudas faz parte da população de Belo Horizonte.
Isso sem falar na possibilidade de retomar as grandes avenidas que margeiam o ribeirão como espaços de convivência e não somente como vias de tráfego, afinal este tráfego estará ocorrendo otimizado dentro do rio, liberando suas margens para atividades físicas e/ou de lazer, intervenções urbanas, exposições de arte e um leque de atividades a escolha da população naquele “novo” espaço.
Em termos simples o projeto consiste no tradicional “Uma coisa leva a outra”. É atrair o belorizontino para dentro do rio novamente, não permitir que o ribeirão continue sendo ignorado, mas que este conquiste a atenção da população outra vez, e assim esta população não se sentirá obrigada a, mas espontaneamente desejará zelar pelo Arrudas.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Disse que me disse..PRAÇA DA SAVASSI VAI PASSAR POR REFORMAS..
"Quatro quarteirões que hoje são usados como estacionamento serão transformados em calçadões, com mesas nas alçadas, nova iluminação, mobiliário urbano e fontes de água"
( imagens do projeto)"Praça Diogo de Vasconcelos – ou Praça da Savassi – está prestes a passar por uma cirurgia plástica, mais radical até do que as que aconteceram nas praças da Estação e Raul Soares. Os quatro quarteirões mais próximos do cruzamento entre as avenidas Cristóvão Colombo e Getúlio Vargas – dois da Rua Pernambuco e dois da Antônio de Albuquerque - que hoje são usadas predominantemente como estacionamento, serão transformados em calçadões, com mesas nas calçadas, nova iluminação, mobiliário urbano e fontes de água. O resultado será a redução de 200 vagas e o aumento das áreas para bares, restaurantes e cafés no local.
O projeto executivo já está pronto e licitado, e vai custar pouco mais de R$ 14 milhões. A ordem de serviço, que seria assinada em agosto do ano passado, foi engavetada devido à crise mundial, mas pode ser assinada dentro dos próximos meses. Para isso, a Prefeitura de Belo Horizonte trabalha para ver se constrói tudo com recursos próprios ou se contará com apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e de empresas privadas para bancar as obras.
De acordo com a consultora técnica especializada da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas, Maria Caldas, a melhoria da área já tem olhos para a qualificação da cidade, e faz parte da preparação de BH para a Copa do Mundo de 2014. “O estudo começou no mandato do então prefeito Fernando Pimentel. Na época, a CDL se comprometeu a pagar pelo projeto executivo, o que aceleraria muito o processo, por dispensar licitação. Mas o dinheiro nunca veio, e tivemos que fazer nós mesmos”, afirma Caldas(...)
(...) O projeto da nova praça conta com bancos de pedra, calçada de bloquetes vermelhos e sinalização pintada, indicando as áreas de trânsito de pedestres e as dedicadas a mesas e cadeiras dos bares e restaurantes da região. O entorno dos quatro quarteirões da praça - ruas Tomé de Souza, Fernandes Tourinho, Alagoas e Paraíba - também receberão passeios padronizados, faixas de pedestres mais altas, favorecendo o trânsito dos pedestres, e nova arborização. As árvores planejadas serão menores, e mais adequadas ao uso.
Além das obras de reforma, a nova Praça da Savassi poderá ser o ponto de chegada de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ou até de um monorail, ou ‘rail’. Trata-se de uma espécie de trem suspenso sobre uma linha única, que poderia ligar o BH Shopping à Praça da Savassi. O estudo que vai determinar qual é a melhor alternativa começa a ser feito no segundo semestre deste ano, e deverá ser entregue em 12 meses."
link da reportagem completa: http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/praca-da-savassi-tera-plastica-radical-1.105917
A obra já está sendo debatida, e dificilmente deixará de ser executada (até porque vem vindo a copa de 2014) contudo, ainda que tenhamos pouca ou nenhuma influência sobre uma decisão tomada pelo governo do estado, cabe a nós, arquitetos e cidadãos, julgar e refletir as dimensões de tal obra.
É bom lembrar que:
-a Savassi já é uma região bem estruturada.
-com um trânsito cada vez mais saturado, a retirada de vagas de estacionamento na região sul da cidade não seria algo contraditório?
-é uma obra dispendiosa..estamos falando de R$14 milhões!! (imagina esse dinheiro todo sendo aplicado em áreas menos favorecidas, ou seja, que realmente precisam de reformulações.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
projeto arrudas! + IDEIAS
Para isso, será implantado um espaço de exercícios que terá: pistas de corrida, ciclovias, e uma ACADEMIA AO AR LIVRE!
A academia ao ar livre tem por finalidade facilitar o acesso a equipamentos para exercício e, assim, promover a saúde de forma pública e com qualidade.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Projeto Arrudas- hovercraft: transporte fluvial
Porém um veículo anfíbio projetado para fins bélicos mostra-se uma exceção nesse quesito: o hovercraft é capaz de se deslocar tanto em água quanto em terra com velocidades de em média 130 km/h. Também é chamado de aerodeslizador, pois se apoia num colchão de ar.
Tipicamente têm dois ou mais motores separados. Um dos deles é responsável pelo levantamento do veículo ao empurrar o ar para o interior da saia de borracha, chamado de hélice de sustentação.Um ou mais motores adicionais são usados para proporcionar força propulsora para deslocar o barco na direção desejada, chamadas de hélices propulsoras. A direção é determinada pelo uso de lemes.
Comparado a um automóvel de mesmo peso o hovercraft também se mostra superior na economia de combustível porque precisa de muito menos força para se deslocar, pois enfrenta um atrito muito menor. Enquanto o hovercraft atrita apenas com o ar, um automóvel comum teria a resistência do chão também.
Ou seja, uma solução com um provável grande investimento inicial, por outro lado mais rápido e mais barato.